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Parte 2 - Novo Dia

O ar da caverna era denso, metálico, quase vivo.
Paredes pulsavam em reflexos rubros, como se sangue corresse sob a pedra.
Will iluminava o caminho, projetando sombras alongadas nas paredes.
– Leituras magnéticas anômalas. Algo grande, senhor.
– Tudo aqui é grande demais. Até o silêncio.
O som veio de cima — um bater de asas que lembrava um motor descompassado.
Do teto, caiu a criatura: um morcego vermelho gigante, de carne translúcida e olhos de fogo.
As asas batiam com força suficiente para levantar poeira e estilhaçar rochas.
O Astronauta ergueu o braço.
– Alvo confirmado, Will. Padrão defensivo.
– Confirmado. E... assustador.
A criatura desceu rugindo — som de vento rasgando a atmosfera.
Não havia para onde correr.
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